Holding para médicos e profissionais da saúde: estratégia ou armadilha?
- Foxcon Gestão Contábil
- há 2 dias
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A tributação de 10% sobre dividendos mudou a forma como médicos e donos de clínicas devem olhar para a própria estrutura empresarial. O aumento da carga tributária gerou insegurança — e abriu espaço para soluções “milagrosas” sendo vendidas na internet.
Entre elas, a holding patrimonial aparece como protagonista.
O discurso costuma ser sedutor:“Coloque a holding como sócia da clínica, concentre os lucros nela e reduza impostos com segurança.”
O problema é que a realidade é bem mais complexa.
Holding não é, por si só, um escudo. Ela é apenas uma ferramenta jurídica, que pode proteger ou expor — tudo depende da forma como é construída e utilizada.
Um dos erros mais comuns é transformar a holding em um canal de pagamento de despesas pessoais, descaracterizando completamente sua função.
Esse tipo de prática costuma ser facilmente identificado em fiscalizações, principalmente quando:
não há compatibilidade entre receitas e despesas;
não existe propósito econômico claro;
a empresa não exerce atividade real.
Outro ponto pouco falado é o risco de a holding se tornar sócia da empresa médica.
Diferentemente de uma simples aplicação financeira, a participação societária pode gerar:
exposição a processos;
questionamentos sobre confusão patrimonial;
risco de responsabilização solidária, a depender do caso.
Planejamento tributário sério não se faz olhando apenas o imposto do mês seguinte.
Ele exige:
análise jurídica;
leitura contábil correta;
compreensão do setor da saúde;
avaliação de riscos regulatórios e patrimoniais.
Reduzir imposto é legítimo. Assumir riscos ocultos, não.
Conclusão:
Antes de aderir a qualquer estrutura, o profissional da saúde precisa entender que economia tributária não pode custar segurança jurídica.
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