Receita fecha o cerco: fintechs agora têm as mesmas obrigações fiscais dos bancos
- raposo56
- 29 de ago.
- 2 min de leitura

Introdução: Por muito tempo, algumas empresas usaram fintechs como “atalho” para movimentar dinheiro fora do radar da Receita Federal. Essa estratégia, vendida como inovação, muitas vezes escondia práticas de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Mas agora o jogo virou: a Receita publicou a Instrução Normativa RFB nº 2.278/25, equiparando fintechs a bancos em termos de obrigações fiscais e de transparência.
O que muda na prática?
e-Financeira obrigatória: fintechs passam a enviar informações detalhadas sobre movimentações financeiras, como já acontece com os bancos.
Transações suspeitas: fintechs devem comunicar movimentações fora do padrão, permitindo à Receita e à PF agir de forma preventiva.
Cruzamento de dados: operações feitas em fintechs agora serão comparadas diretamente com declarações de IR, SPED, Simples Nacional e outros sistemas.
O alerta: o fim do “dinheiro invisível”
A publicação da norma veio logo após as operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, que desmantelaram esquemas bilionários usados pelo crime organizado com ajuda de fintechs e fundos de investimento.
Esse movimento mostra que não se trata apenas de grandes operações. A Receita agora tem ferramentas para identificar qualquer empresário que utilize fintechs como escudo para sonegar impostos.
Os riscos para quem insiste
Multas pesadas: podem chegar a 150% do valor sonegado.
Responsabilidade criminal: fraude fiscal e lavagem de dinheiro estão na linha de frente das investigações.
Imagem empresarial: além das penalidades, a exposição pública de estar em esquemas irregulares pode destruir a reputação da empresa.
O caminho certo
Se antes a “esperteza” era tentar se esconder, agora a estratégia vencedora é ser transparente com inteligência.
Organizar o caixa da empresa;
Manter contabilidade integrada e regular;
Planejar tributos de forma legal e estratégica.
No fim das contas, a transparência bem administrada pode ser aliada da economia tributária.
Conclusão :Não adianta mais correr da Receita usando fintechs como cortina de fumaça. O futuro é da contabilidade estratégica, que transforma o risco em vantagem competitiva. Se a sua empresa ainda está exposta, este é o momento de agir.
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